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Foto do escritorMaqnelson John Deere

A importância da agricultura de precisão para a segurança alimentar


Um dos temas que deve gerar mais e mais discussões nos próximos anos é o crescimento populacional. A contagem mundial de pessoas chegou oficialmente à marca de 8 bilhões em 15 de novembro de 2022, e a ONU estima que a população no planeta alcançará 10 bilhões de pessoas até 2050 - com 231 milhões apenas no Brasil, nos assegurando o título de 7° país mais populoso da Terra.

Em contrapartida, um plano nacional, divulgado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostra que, até lá, será necessário aumentar em 40% a produção nacional de alimentos para atender satisfatoriamente à demanda global.

Agricultura de precisão como aliada:

A dúvida que pode surgir para o produtor rural é: como é possível garantir um aumento produtivo dessa magnitude e, ao mesmo tempo, sustentar um alto nível de rentabilidade e sustentabilidade nas lavouras? Uma das respostas está na agricultura de precisão, um modelo de gestão de informações que permite que o trabalhador do campo aumente a eficiência produtiva otimizando recursos econômicos e ambientais.

É uma prática que não requer mais terras, máquinas ou mão de obra, e que recorre aos dados para incrementar a produtividade das fazendas, podendo ser aplicada de forma imediata, com base nos recursos de que os produtores já dispõem.

O estudo Precision Farming Market - Forecasts from 2021 to 2026, da Research and Markets, dá sinais dessa adesão. O relatório destaca que o mercado de agricultura de precisão deve ter uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 16,34% nos próximos anos, atingindo valor de US$ 11.1 bilhões (R$ 57.5 bilhões) até 2026 - um número quase três vezes maior que o registrado em 2019, de US$ 3,8 bilhões. É a resposta do mercado à inserção da cultura de dados na agricultura, um setor cada vez mais inovador e tecnológico.

Nova geração digital:

A possibilidade de utilizar uma base de dados para determinar a estratégia de plantio e colheita de uma lavoura é também um atrativo para manter a mão de obra jovem no campo. Familiarizada com o digital, a nova geração dos chamados nativos digitais se relaciona com dados de maneira muito natural, o que abre ainda mais espaço para a agricultura de precisão se disseminar.

Conforme a pesquisa Inovação no agronegócio e a qualificação do produtor brasileiro na era digital, da EY em parceria com a CropLife Brasil, a nova geração vem assumindo protagonismo no agronegócio, principalmente pela formação escolar mais completa, por ter um olhar mais técnico e também uma grande abertura para o uso da tecnologia.

Mesmo entre aqueles que não são nativos digitais e têm entre 25 e 44 anos, 95% afirmam estar familiarizados com o uso da internet para busca de informações sobre clima, técnicas produtivas ou cotações. Somente entre aqueles acima de 55 anos esse percentual cal para 60%.

O driver da agricultura digital:

A agricultura de precisão não beneficia apenas os agricultores mais tecnológicos com insights, bases de dados e análises constantes e em tempo real. Outra característica marcante da prática - e que vai auxiliar a comunidade de produtores rurais a chegar em 2050 produzindo 40% mais alimentos - é a promoção da sustentabilidade.

Com mais precisão, há menor perda de sementes, menos gasto com água e combustível e uso mais assertivo de defensivos agrícolas e fertilizantes, além de uma redução no desperdício de alimentos.

Dentre as diversas ferramentas disponíveis no mercado para produzir mais com menos recursos, e colher os benefícios da agricultura de precisão, está o Centro de Soluções Conectadas (ou CSC) da John Deere. A plataforma foi estruturada para os concessionários da empresa poderem organizar e centralizar as informações da frota de máquinas dos clientes. O Brasil é pioneiro na implementação dessas estruturas, e já conta com 42 unidades do Centro de Soluções Conectadas em todo o território nacional, que garantem o monitoramento de 15 milhões de hectares no país.

Em 2021, inclusive, mais de 85% dos atendimentos de serviços feitos por meio do CSC foram realizados ou iniciados de forma remota. Essa abordagem auxiliou os técnicos a resolverem chamados em 50% do tempo habitual, já que podem atender o cliente à distância, sem precisar fazer longos deslocamentos. Com isso, o custo médio dos serviços de assistência técnica, iniciados ou feitos 100% virtualmente, caiu até 60% para os produtores. Isto é resultado não só da menor necessidade de visitas presenciais, como da agilidade na resolução dos problemas, que permite que o produtor fique muito menos tempo com sua máquina parada.

Transformar dados em valor e inteligência é o grande objetivo da agricultura de precisão, que gera vantagens para toda a cadeia do agro, do produtor ao consumidor final. Para que esteja garantida a segurança alimentar dos próximos 10 bilhões de habitantes do mundo, faz-se imprescindível a adoção de ferramentas aliadas da produtividade, rentabilidade e sustentabilidade nas fazendas.

O agronegócio tem uma responsabilidade nobre na causa alimentar mundial, e apenas com a adoção de tecnologias e modernização do setor é que será possível criar para as próximas gerações um ambiente saudável e seguro.


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