Embrapa mostra que o agronegócio preserva um terço do Brasil. Dentro das propriedades rurais estão 282,8 milhões de hectares preservados, ou seja, 33,2% do território nacional.
Estudo da Embrapa Territorial (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) traz informações atualizada sobre a preservação de vegetação nativa promovida dentro das propriedades rurais espalhadas pelo Brasil. Os dados são do CAR 2021 (Cadastro Ambiental Rural) e comprovam que 33,2% do território nacional são preservados pelo agronegócio. “O mundo rural brasileiro é complexo, dinâmico e de grande dimensão. Para conhecer a contribuição atualizada, quantificada e efetiva dos produtores rurais à preservação da vegetação nativa, a Embrapa Territorial baseou esta pesquisa em duas principais fontes de informação, públicas e oficiais: os dados dos 5.063.771 estabelecimentos agropecuários georreferenciados e levantados pelo IBGE no Censo Agropecuário 2017 e as informações geocodificadas dos 5.953.139 imóveis rurais registrados no CAR até fevereiro de 2021”, aponta o relatório.
Os resultados da pesquisa são apresentados em quatro blocos: 1 - Dimensão territorial das áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa nos imóveis rurais do CAR no Brasil e por regiões, biomas, estados e municípios; 2 - Quantificação dos estabelecimentos agropecuários sem interseção com os residentes rurais do CAR e acreditado de suas áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa; 3 - Total das áreas dedicadas e/ou ocupadas com vegetação nativa no mundo rural do Brasil em 2021; 4 - Atualização da base de dados sobre proteção e preservação da vegetação nativa, uso e ocupação das terras no Brasil, mantidas pela Embrapa Territorial, e apresentação de uma síntese nacional numérica, gráfica e cartográfica. O texto de conclusão da pesquisa aponta: “Em escala nacional são 2.828.589 km2 de áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa no mundo rural, em sua maioria em terras privadas. Esse total representa 33,2% do território nacional. Ou seja, o mundo rural preserva um terço do Brasil.Caso único no planeta, o agricultor brasileiro utiliza, em média, 50,6% de suas terras. O resto, 49,4% da área, é dedicado à preservação ambiental”. Segundo Helen Jacintho, engenheira de alimentos que há 15 anos trabalha na Fazenda Continental, Fazenda Regalito e no setor de seleção genética na Brahmânia Continental, estudos como estes da Embrapa são de extrema importância, pois trazem dados científicos a uma realidade vivida pelo produtor rural, em que a preservação vem antes da produção. “Se até a década de 1970, se obtinha aumento de produtividade somente através de pecuária extrativista e abertura de novas áreas, hoje, o cenário é diferente. O aumento da produtividade é obtido de maneira sustentável e legal, através da implementação de ferramentas de gestão nas propriedades, recuperação de pastagens degradadas, seleção de cultivares adequados, pressão de seleção genética, sistemas como Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta e aumento maciço em tecnologia e pesquisa”, comenta ela, em artigo para a Forbes Brasil. Conteúdo: John Deere Conecta
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