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Foto do escritorMaqnelson John Deere

John Deere anuncia que vai dobrar Campo Conectado para cobrir 7 milhões de hectares


A indústria de máquinas agrícolas John Deere anunciou neste mês que vai dobrar de 3,5 milhões para cerca de 7 milhões o número de hectares conectados no campo com a instalação nos próximos dez meses de mais 210 antenas em parceria com a operadora Claro e a Sol, startup criada há dois anos para atuar como ponte entre as duas empresas.


Rodrigo Bonato, diretor de marketing da John Deere, diz que o projeto Campo Conectado visa levar a conectividade necessária ao campo para que a tecnologia embarcada nas máquinas e equipamentos possa realmente garantir aumento de produtividade, sustentabilidade e melhora da gestão agrícola. O produtor não paga pela instalação das antenas e da infraestrutura.


A John Deere aposta na conectividade para um gerenciamento das propriedades em tempo real, com gastos menores com sementes, uso mais racional de fertilizantes e defensivos agrícolas, diminuição de uso de combustível fóssil, redução de perdas agrícolas e aumento da rastreabilidade na cadeia alimentar.


Os pontos de instalação das antenas a custo zero para o produtor ainda estão sendo definidos, mas devem atingir todas as áreas produtivas do país. A Campo Conectado já tem antenas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso, entre outros.


Rodrigo Oliveira, CEO e fundador da Sol, diz que a instalação das torres começa com investimento inicial de pelo menos R$ 1 milhão das empresas. O produtor paga apenas pelo uso do serviço de R$ 3,00 a R$ 5,00 mensais por hectare, com fidelidade de cinco anos.


Para ser viável, a área conectada deve ter cerca de 10 mil hectares e pode reunir vários produtores, mas o Campo Conectado aposta também em áreas menores que tenham máquinas, sensores e pessoas que justifiquem o investimento.


“A condição essencial é que seja uma área de alta produção agrícola. Não precisa ser cliente John Deere”, diz Oliveira.

Solução própria:

A conectividade é levada em rede pública 4G ou 3G. Atualmente, a parceria tem 150 antenas instaladas ou em instalação.


A John Deere é a única das grandes indústrias de máquinas agrícolas que têm uma solução própria de conectividade e não participa da associação ConectarAgro, que conectou cerca de 14,4 milhões de hectares no país, segundo os números divulgados na semana passada na Agrishow.

Aposta em duas frentes:

Na Agrishow, em estande de 6 mil metros quadrados, a John Deere apresentou a X9, uma das maiores colheitadeiras do mundo que foi lançada há um ano nos Estados Unidos.


O modelo de 549 cv tem motor elétrico em vez de hidráulico e capacidade, segundo Bonato, de colher quase o dobro do volume da colheitadeira S790 de 550 cv, gastando 30% a menos de diesel. A X9 deve ser lançada comercialmente no Brasil no próximo ano.


A marca lançou na feira sua linha de tratores 7M, para atender a demandas de médias e grandes propriedades nos segmentos de cana-de-açúcar e grãos.,


O trator é equipado com uma transmissão que ajusta automaticamente a marcha com relação ao terreno e à velocidade, oferecendo economia de combustível de até 9%, segundo a multinacional.


Em Ribeirão Preto (SP), a John Deere não apostou apenas nos equipamentos gigantes. Apresentou também um trator pequeno fruteiro cabinado de 36 cv. Importado da Índia, o equipamento tem preço a partir de R$ 160 mil. “O modelo tem sido muito bem aceito pelo mercado e está atendendo também o setor sucroalcooleiro e condomínios urbanos”, diz Bonato.


O diretor de marketing estima que a indústria de máquinas agrícolas deve ter uma recuperação de vendas no segundo semestre e fechar o ano estável. A John Deere, no entanto, aposta em um aumento de 10% em seus negócios.


Conteúdo: Globo Rural - Inovação


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